quinta-feira, 26 de julho de 2007

Ainda o filtro

Nessa discussão sobre filtros na internet, para que a rede recupere a reputação perdida, me vem sempre à mente a questão do profissionalismo em relação à informação: jornalistas são preparados tecnicamente para divulgar os acontecimentos. Amadores não têm a mínima noção de como tratar os fatos e, julgando-se "repórteres", atiram na net tudo o que imaginam ser "jornalístico". O Youtube é uma prova disso. Há muitos golpes envolvendo a veiculação de imagens nessa ótima ferramenta. Por exemplo: nos primeiros dias após o acidente, espertinhos colocaram no sistema de busca a informação de que tinham imagens do desastre. Não tinham. Era uma forma de direcionar os internautas para seus vídeos, com o objetivo de aumentar a audiência.
Devo dizer que a internet às vezes me cansa. Não tenho qualquer paciência para conhecer blogs e sites desinteressantes, fotos horríveis, vídeos cretinos - ou ler e-mails contendo textos atribuídos a celebridades, como Arnaldo Jabor, Maitê Proença, Luís Fernando Veríssimo, García Marquez, entre outros. Não perco meu tempo. Já fiz meu filtro. Freqüento blogs importantes [alguns linkados ao lado], G1, Estadão, Folha, BBC, Washington Post, Radio France Internationale e mais alguns, relacionados a fotografia e cinema. Meus amigos sabem que desisti do Orkut, por se tratar de uma vitrine muito perigosa e mal-utilizada.
Assim, se o Google e outros gigantes da rede são processados por causa do uso indevido de suas ferramentas, posiciono-me ao lado dos que processam e da Justiça que condena os 'malas' e os sites. Interessante é que a maioria dos casos de sacanagens acontece justamente naqueles serviços gratuitos. Quando a utilização das ferramentas é paga, ninguém se arrisca, porque a identificação é fácil. Pagar pelo uso, nem que sejam R$ 0,10 ao dia, é uma forma de moralizar a internet e afastar da rede os desocupados em geral.

Um comentário:

Gus disse...

A internet é uma das coisas mais maravilhosas que conheço. Estou há dez anos na rede e o deslumbramento continua. Os vírus que me aterrorizavam no início já são controlados por programas gratuitos e os conteúdos são cada vez mais interessantes. Sempre participei de fóruns e neles muito aprendi. Um fato que envolve texto de um autor catarinense ainda me intriga. Tenho o livro "Equilíbrio Psíquico e Emocional" do professor Tarsizo de Oliveira (Ed.Mercado Aberto, Porto Alegre, 1984). No capítulo 11 "procura-se um amigo" (págs. 52-53) ele escreve: "Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir....". Amei o texto e o publiquei num fórum, citando o autor, professor Tarsizo. Fui contestado de imediato, pois este poema seria de Vinicius de Morais. Fiquei intrigado. Será que o autor havia incluído assim, sem mais nem menos, o poema de Vinicius como um texto seu? Agora, o "Jornal de Poesia" (http://www.revista.agulha.nom.br/autoria.html) afirma categoricamente: "Procura-se um amigo" não é de Vinicius de Moraes. O texto completo está aqui: http://www.revista.agulha.nom.br/vm4.html#procura .
É, se realmente o texto é do professor Tarsizo de Oliveira, é bom ele entrar em contato com o Jornal de Poesia.

Abraço