Caetano Veloso em Florianópolis: a polícia local também queria incriminá-lo, mas não encontrou provas
“Como todos não pensam assim, tenho que aceitar as coisas como elas estão se apresentando. Acho, no entanto, que já era tempo de se começar um estudo mais profundo da questão. Não estou fazendo apologia do uso da maconha – é mais uma questão da personalidade do indivíduo. Não defendo, volto a repetir, a maconha. Eu a uso. Como poderia também usar cigarro ou o álcool. Só não consigo entender como é que um indivíduo que pratica um crime sob o efeito do álcool tem atenuantes, e o que pratica o mesmo crime sob os efeitos da maconha tem agravantes. Essa vem sendo a tônica dos encontros com o Dr. Pedro Largura, uma pessoa fascinante. O fato de tê-lo encontrado já justifica tudo o que me aconteceu.”
– Por que você não pediu que fosse colocado numa prisão especial, tendo em vista o seu grau universitário?
– “Na hora em que o delegado fez a minha qualificação, revelei ser portador de um diploma universitário. Não adiantou nada. Acredito que ele estava querendo fazer-me passar pelas situações mais degradantes possíveis e não levou em consideração esse detalhe. Mas não estou aborrecido. Ele está agindo dentro dos seus padrões e quem sou eu para condená-lo? E mais, essa não é a questão mais importante no momento.”
– E os Doces Bárbaros?
– “Se a Justiça conceder a liberdade para seguir trabalhando, ainda que sob custódia ou sursis [não conheço muito bem essas questões jurídicas], os Doces Bárbaros deverão continuar o seu plano e o trabalho interrompido aqui em Florianópolis. Pelo que está me sendo possível observar, será muito mais cedo do que muita gente imagina.”
sábado, 21 de julho de 2007
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