sexta-feira, 13 de julho de 2007

O silêncio dos líderes

As lideranças tradicionais de Florianópolis não dão a mínima para os ataques promovidos pelos josefenses que mandam na prefeitura. Mesmo aqueles políticos que ocupam mandatos eletivos estão quietos, que é para não atrapalhar o andamento dos fatos. O prefeito esperneia, fala mal dos adversários, alega que está sendo perseguido, mas a verdade é uma só: ninguém está dizendo nada, ninguém responde nada. E não estamos tratando apenas do ex-governador Esperidião Amin, mas também de gente do DEM [ex-PFL], PMDB, PDT, PT e outras siglas. Parece que todos combinaram – como se isso fosse possível – para deixar os irmãos Berger esperneando sozinhos na mídia.
Mas é preciso que se esclareça: os que se opõem aos Berger [de todos os partidos citados e também do partido do prefeito, o PSDB] agem nos bastidores, inclusive na Justiça. Parece notório inclusive que os maiores inimigos de Dário não estão no PP, mas no próprio PSDB. Tem muita gente que nunca aceitou sua filiação à legenda fundada por Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.
Como já dissemos aqui, se Dário não tiver a bênção de Luiz Henrique no ano que vem, dificilmente fará uma boa campanha para a reeleição. Ainda assim, mesmo que tenha a proteção do padrinho, pode ter sua pretensão arranhada pelos desvarios verbais e pelas demandas políticas, administrativas e judiciais.

Analisemos mais:

* Nos momentos de crise, Dário sempre chama o irmão Djalma para ajudar. É o que está acontecendo no momento. Djalma voltou, está dando entrevistas e colaborando para reduzir o tiroteio, mesmo que tenha de colocar mais lenha na fogueira.
* Também apontamos aqui, no início da semana, que Dário teria dificuldades para substituir Ariel Bottaro Filho no papel de conselheiro número um do gabinete. Vai ser difícil encontrar alguém à altura, principalmente alguém que não faça parte da tropa de choque, ou seja, que tenha discernimento e senso da realidade.

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