A querida leitora Luiza tem razão: para a massa da população brasileira, a imensa maioria, CPMF não significa nada – ou tudo, se os programas sociais do governo são sustentados também pela arrecadação deste imposto.
Mais ainda: não foi o atual governo que criou a CPMF. Foi coisa dos liberais (PFL e PSDB), lá atrás, quando viviam de mãos dadas dividindo o poder.
Está certo que o PT combateu o tributo. Mas, cá entre nós, estando no poder, como o PT dispensaria essa verbinha substanciosa? Só um governo trouxa abriria mão desses recursos. Luiza observa também que quem esperneia contra a CPMF é a elite, principalmente aqueles que movimentam milhões de reais em suas contas bancárias. Para os que não têm dinheiro, a CPMF é um impacto de centavos em suas vidas.
E tem mais: se a imensa maioria fosse contra, não há dúvida que a prorrogação do imposto não passaria no Congresso. Tem tudo para passar exatamente porque a massa não está nem um pouco chateada com a vocação de Robin Hood que caracteriza os governos de modo geral.
domingo, 23 de setembro de 2007
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Um comentário:
Não posso concordar com você querido Carlos. Não creio que o problema esteja em abrir mão do dinheiro, mas sim fazer o povo de idiota. Se um tributo que era pra ser provisório tiver de ser renovado todo ano para manter o governo de pé, que transforme o tributo em permanente.
É como se oferecesse um doce para uma criança, mostrasse o doce, mas não o entregasse. Pra mim, manter a CPMF é um desrespeito.
Além disso, esse negócio de que só a elite é prejudicada é balela. Conheço empresários que apesar de movimentarem muito dinheiro em suas operações, passam dificuldades para se manter. E para esses, a CPMF piora ainda mais seu trabalho, pois aumenta seus custos dificultando as vendas.
Eu mesmo não movimento muito dinheiro, mas confesso que esses "centavos" que entrego pro governo seriam melhor investidos se estivessem comigo.
Lula e todos que formam o governo são aconchegados demais aproveitando para usufruir o máximo possível da herança dos "liberais". O trabalho do governo é oferecer alternativas que refletem a realidade atual do país, coisa que não estão fazendo. Uma pena.
E a cada mensalão e notícia de obra superfaturada e mal-planejada aumenta mais o nojo que tenho ao ser obrigado a dar esses centavos para o governo federal.
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