Posso ter exagerado ontem, quando abordei a questão do fechamento da Beira-mar para grandes eventos esportivos, culturais ou comunitários. Estão certos os leitores que apontaram uma coincidência lamentável: o fim do feriadão, com milhares de turistas na cidade, provocou realmente uma situação caótica.
Mas a minha defesa de uma cidade mais humana, com menos automóveis circulando, não está equivocada, não. A própria prefeitura, através do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), tem difundido essa idéia. É claro que não é inteiramente possível no curto prazo, mas no longo prazo podemos sonhar, sim, com a ilha ocupada por pedestres e ciclistas.
Coincidentemente, escutei ontem a conversa entre dois clientes de uma oficina mecânica de São José. Um deles, engenheiro, ponderava: “Há duas soluções para reduzir o número de automóveis nas ruas. Uma é o transporte marítimo. Outra é um metrô de superfície, com duas linhas: do Kobrasol para a UFSC e de Barreiros para a UFSC, com várias estações ao longo do trajeto”. Mas isso não é coisa para Luiz Henrique da Silveira nem para Dário Berger. Falta muito para chegarmos lá: se a ponte Hercílio Luz levou 25 anos para ter sua recuperação iniciada, imagine-se uma obra do porte de um metrô; e, pior ainda, não sendo Florianópolis uma prioridade dos atuais governantes.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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Um comentário:
Não foi coincidência a data do evento e o feriado. Ele certamente foi definido para que mais pessoas pudessem se deslocar até Florianópolis para participar. Eventos futuros também ocorrerão próximos a feriados e isso deve ser levado em conta na hora de se definir as modificações necessárias no trânsito da capital. O único problema do fechamento da Beira-Mar Norte é a inexistência de rotas alternativas com capacidade para suprir a demanda. Fechar a Avenida Paulista é uma coisa, fechar a Beira-Mar é outra bem diferente...
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