A desfaçatez com que as autoridades tratam graves questões – como a falência da companhia aérea BRA e a crise energética, que afeta o abastecimento de gás – já não surpreende ninguém. O ministro Nelson Jobim, que parecia uma esperança (embora alguns leitores tenham me advertido para essa falsa impressão), diz que a questão da BRA não é um problema do governo. Que se danem os consumidores (ou passageiros), foi exatamente o que ele quis afirmar nas entrevistas de ontem. Mas é problema do governo, sim, como a Varig e a Transbrasil também eram. A aviação é uma questão de Estado, da mesma forma que o transporte rodoviário e o transporte marítimo.
Garantir os direitos da cidadania, igualmente, é um dever do Estado. Se o Estado não garante, para quê Estado?
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É necessário aplicar o mesmo princípio - a garantia dos direitos da cidadania pelo Estado - ao fornecimento do gás natural veicular. Se o governo abriu a possibilidade para o mercado, agora tem que assegurar o abastecimento. Qualquer outra atitude é mero deboche.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
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