quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Gripe doida

Um alto funcionário público sentiu-se mal, outro dia, enquanto trabalhava. Sabendo que em sua repartição há um grupo de médicos à disposição dos servidores, dirigiu-se ao serviço de atendimento.
Lá chegando, apresentou seus sintomas ao único profissional que estava na casa no momento. Tinha dores pelo corpo, uma sensação de moleza e mal-estar generalizado. “Acho que é uma gripe muito forte”, apressou-se em dizer ao médico. Este, meio sem jeito, explicou que sua especialidade era a psiquiatria, e não a clínica geral.
“Não faz mal”, disse o funcionário, “a minha gripe está mesmo meio doidinha. Receita algum remédio pra ela, doutor”.
Ato contínuo, o médico rabiscou o nome de um medicamento e o funcionário foi embora, feliz da vida com a receita. Quando chegou à farmácia, o farmacêutico quase caiu para trás: o remédio era um analgésico, em dose cavalar, utilizado em pacientes de pós-operatório.
Decepcionado com o serviço médico de sua repartição, o servidor público comprou dois envelopes de Melhoral e foi para casa, curar sua gripe doida.

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