A região da cabeceira insular das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos é perigosíssima. Lá, foi encontrado ontem o corpo de um garçom, que havia desaparecido no último sábado. Mas a polícia não quer nem saber das pontes. Por causa da insegurança no local, fecharam os acessos para pedestres que permitiam a travessia ao Continente. Assim, em razão da criminalidade que dita as regras nas cabeceiras das pontes, nenhum de nós pode andar ou pedalar em direção ao Estreito ou Coqueiros.
Lembro-me das mansas manhãs de domingo, há uns 20 anos, quando assistíamos e batíamos fotos dos remadores que disputavam as regatas, honrando as camisas do Aldo Luz, Martinelli e Riachuelo (meu irmão Marcão entre eles). A passarela de pedestres era local onde se reuniam os pescadores amadores, desde a madrugada, para garantir uma mesa farta às suas famílias. Tempos depois, quando os malacos começaram a viver no lugar, a polícia abandonou sua função e deixou as passarelas ao deus-dará. Lá é um território sem lei. O Estado, tão zeloso quando se trata de reprimir manifestações sociais e políticas, pouco se importa em manter a ordem naquele lugar macabro.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
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