quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A verdade sobre o GNV

Milhões de otários brasileiros converteram seus automóveis para o uso de gás natural veicular (GNV). Um investimento médio que gira em torno de R$ 3 mil para instalar os equipamentos necessários. Agora, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, diz que o gás natural "não é eficiente" para utilização nos veículos.
Tem mais: centenas de postos com a bandeira BR (da Petrobras...) espalhados pelo País vendem o gás diretamente aos consumidores. De cada dez táxis, nove utilizam esse combustível nos automóveis, porque a economia chega a 70%.

Embora – sejamos honestos – a conversão não seja realmente uma alternativa técnica recomendável. Os carros perdem potência e apresentam inúmeros problemas mecânicos depois que passam a rodar com esse combustível. Mas a economia compensa os transtornos.

E sejamos honestos novamente: por que as montadoras de automóveis, exceto a Fiat (em um único modelo, o Siena) não oferecem veículos zero quilômetro com a opção de GNV? Porque é muito caro montar um carro com o kit para o gás natural veicular. Simplesmente porque esse tipo de montagem não é automatizada – é manual.

Enfim, Gabrielli tem razão. Mas não poderia ter dito o que disse, só porque o governo vai ter de desviar o GNV dos postos de combustíveis para abastecer as usinas termelétricas... A verdade é bem esta: vai faltar energia e o governo precisa do gás. E quem vai pagar o pato, não há dúvida, é o pobre do cidadão brasileiro – que acreditou no GNV e em Lula et caterva.

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