Nunca antes na História deste Estado uma nomeação de desembargador foi contestada judicialmente, da forma como está sendo a de João Henrique Blasi. Houve casos de pretendentes ao cargo que tiveram de esperar anos (caso do ex-presidente da OAB e jornalista Carlos Alberto Silveira Lenzi), mas não como esta de Blasi.
O que se coloca em questão não é apenas a dedicação do novo desembargador a atividades políticas, que se sobrepuseram, segundo entendimento da Justiça Federal, às operações do Direito. Mas o que está em jogo é a própria autoridade do governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, que assinou o ato de nomeação na segunda-feira à noite e determinou a Blasi que assumisse o cargo no TJ na manhã do dia seguinte. Tomou posse e foi destituído no mesmo dia.
É possível que, ao fim e ao cabo, Blasi acabe sendo referendado como desembargador. Mas o estrago já foi feito.
A história envolvendo João Henrique Blasi lembra uma outra, também recente: a não-diplomação do prefeito eleito de Florianópolis, Dário Berger, em dezembro de 2004. A liminar concedida – e apresentada momentos antes do ato oficial do TRE – também decorreu de uma ação impetrada pelo PP. Berger recorreu e acabou diplomado e empossado. O galego, como Blasi, também chegou ao cargo com o apoio decisivo do atual governador.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
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