quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O caso da Epagri

O escândalo na Epagri traz à tona a velha discussão sobre as terceirizações. Há excesso de serviços terceirizados, não só no Governo do Estado, como nos municípios, nas empresas estatais, câmaras municipais, universidades e outras instituições do serviço público.
A terceirização apresenta inúmeras vantagens, mas também uma grande desvantagem: não cria vínculo, fidelidade funcional.
Outra: em muitas repartições públicas, há uma espécie de hierarquia desrespeitosa. Percebi ontem, numa visita a uma empresa estatal: duas recepcionistas fazem o mesmo serviço. Mas a que é “da casa” (do quadro funcional) tem mais poder do que a terceirizada que trabalha ao seu lado. Além disso, a terceirizada ganha infinitamente menos.

Para quem não sabe da história
O caso da Epagri era o seguinte: uma empresa prestadora de serviços de vigilância e limpeza faturava a mais na cobrança pelas suas atividades, incluindo em sua folha de pagamento funcionários (ou falsos funcionários) que não prestavam serviços para a empresa pública contratante. Logo, o prejuízo mensal dos cofres públicos superava R$ 200 mil, segundo os cálculos preliminares. É preciso destacar, no entanto, que a empresa foi regularmente contratada, através de licitação.

Nenhum comentário: