terça-feira, 6 de novembro de 2007

Saint-Exupéry, Zé Perry, Zeperri

Quem gosta dessa história envolvendo Antoine de Saint-Exupéry e pescadores do Campeche – ainda que seja sempre posta em dúvida pela historiografia oficial – não pode deixar de ler a matéria publicada no Diário Catarinense desta terça-feira, assinada pelo repórter Márcio Miranda Alves. A leitura é imprescindível, ainda mais hoje, quando se inaugura o Espaço Zeperri (o "nome" pelo qual o autor de "O Pequeno Príncipe seria conhecido entre os nativos da Ilha de Santa Catarina), lá mesmo, no mágico Campeche.
É importante ler também a entrevista concedida pela curadora da mostra, Mônica Cristina Corrêa, muito esclarecedora. Aqui.

SAIBA MAIS

O primeiro aeroporto de Florianópolis, na verdade um campo de pouso, foi aberto no Campeche, no início do século 20. Tornou-se escala obrigatória para os aviões do Correio Aéreo Francês, da companhia Latécoère (hoje Air France). Como as aeronaves eram muito rudimentares, não tinham autonomia de vôo para cumprir a rota Rio de Janeiro – Buenos Aires e, por isso, precisavam pousar para reabastecer. Saint-Exupéry era piloto do Correio Aéreo. Teria descido em Florianópolis várias vezes e se tornado amigo de moradores do Campeche. Mas não existem documentos oficiais, nem sequer uma carta, que comprovem a presença do escritor e piloto entre nós. O que existe é a chamada "história oral", passada de pai para filho, e na qual se baseia todo o romantismo enlaçando Saint-Exupéry e a Ilha.
Pelo sim, pelo não, por que duvidar?

A mostra que abre hoje na pousada Espaço Zeperri tenta desfazer um pouco do mistério, resgatando imagens e documentos sobre o escritor francês. Vale a pena conferir.

A ilustração acima foi retirada DAQUI. Nesta página, há referência à presença do piloto-escritor em Florianópolis: "Saint-Exupéry ali esteve (Campeche) muitas vezes entre 1926 e 1931, convivia com os locais, pescava e freqüentava os bailes do Lira Tênis Clube".

Uau. Lira Tênis Clube? E ninguém da época fotografou? O Zury Machado não cobriu os bailes para o carnet social de O Estado?

Um comentário:

Jason disse...

Esta historia é bobagem, Saint-ex nao foi piloto da aeropostale, mas naquele tempo responsavel pra a coordinaçao da linha em Buenos aires. Pesquisas historicas mostram que as pessoas que moravam e trabalhavam là nao se lembram de Perry, o dizeram que ele era um mecanico... Certo que St Ex nao tinha o tempo (morando em Buenos aires desde o fim de 1929, com seu trabalho, casado là em 1930) para jogar ao tenis, pescar com os pescadores, sao bobagens sinpaticos, mas bobagens, sou francês, morando na ilha de SC, minha mulher e historiadora e me deu a lir o trabalho de intervistas feito por Katia Juncks em 1995
Cordialement, desculpe por meu portugues