segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Bens suspeitos

O traficante Juan Carlos Ramirez Abadia, considerado um dos maiores chefões do crime organizado no mundo, teria comprado uma casa no Jurerê Internacional. Daí surgem questionamentos sobre o bairro de luxo implantado na Ilha de Santa Catarina pelo grupo Habitasul.
Mas a coisa, se verdadeira, não aconteceu só aqui. Ele comprou casas, apartamentos e fazendas também em outros Estados. Significa dizer que, na hora de uma transação imobiliária, o vendedor nunca se preocupa em saber a origem do dinheiro utilizado pelo comprador. Assim, não apenas em Jurerê, como em Balneário Camboriú e outras cidades, é quase impossível rastrear a vida dos "investidores" - a não ser que surjam suspeitas fundadas sobre eles.
Em Jurerê, da mesma forma que em Balneário Camboriú, sempre aparecem informações do tipo "esse cara é plantador de soja" ou é "corretor da Bolsa" para justificar a venda de mansões de R$ 5 milhões para cima.
Outro dia, andando pelo Estreito a caminho de um compromisso, vi uma Ferrari estacionada numa casa comercial. Parei para admirar a máquina. Sem que eu perguntasse qualquer coisa, um rapaz que estava próximo apresentou rapidamente uma explicação: "O dono é um fazendeiro. Planta soja".
Sei, sei, é bem possível. Aliás, tudo é possível quando se trata de analisar fortunas fáceis e bens de valor elevado adquiridos aqui, ali ou acolá.

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