Há uma discussão na mídia – que não é de hoje, por sinal – sobre a falta de ciclovias e bicicletários em Florianópolis. Muita gente quer utilizar a bicicleta para estudar, passear e trabalhar. Não só porque o veículo é um meio de transporte não-poluente, mas também porque seu uso reduz as despesas pessoais com transporte coletivo.
Florianópolis não tem uma cultura da bicicleta. E não é difícil de explicar: a geografia da ilha, com sua grande quantidade de morros, nunca favoreceu o ciclismo. Diferente de outras cidades litorâneas, como Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, Porto Belo, que são planas e onde a população mais pobre sempre se locomoveu de bicicleta.
Basta uma olhada básica em Itajaí, por exemplo, para se entender a questão. Supermercados, escolas, rodoviária, bancos, bares, restaurantes e outros estabelecimentos têm espaços próprios para que as magrelas sejam estacionadas. Os bicicletários se multiplicam pela cidade há muitos anos e são utilizados, em grande maioria, pelos moradores que não têm condições de pagar o preço exorbitante do transporte coletivo.
E não dá para dizer que Florianópolis "não planejou" o uso da bicicleta. Se não planejou, é porque não era possível. A não ser que as ciclovias contornassem morros, como os das Ruas Hoepcke, Felipe Schmidt, Rio Branco, do Itacorubi, da Lagoa, do Saco Grande, do Saco dos Limões... Hoje, com as bicicletas modernas, que têm marchas e outros recursos tecnológicos, talvez seja possível. Não é tarde demais, mas é seguramente complicado e exige todo um repensar da cidade.
Outro dia, meu filho falou-me de sua vontade de cumprir o trajeto entre casa (Centro) e trabalho (Barreiros) de bicicleta. Fui voto contrário, evidentemente. Além dos riscos que há na travessia própria da ponte, como chegar ao bairro de São José sem enfrentar as agruras de um trânsito caótico e pesado, com os motoristas (ainda) desrespeitando pedestres e motociclistas? Teríamos aqui a repetição do que ocorre em Itajaí, que não também não tem pistas para as bicicletas e onde os ciclistas disputam espaço nas ruas com os automóveis, correndo todos os riscos possíveis. Mas lá existe uma cultura da bicicleta há muitos anos. Em geral, os motoristas compreendem aquela zona toda do trânsito, desviam dos ciclistas e fazem inúmeras manobras para não provocar acidentes. Aqui, não. O ciclista é que teria que desviar do automóvel para não ser vítima da fúria de alguns motoristas, entre os quais os taxistas, que odeiam bicicletas e motos.
Florianópolis não tem uma cultura da bicicleta. E não é difícil de explicar: a geografia da ilha, com sua grande quantidade de morros, nunca favoreceu o ciclismo. Diferente de outras cidades litorâneas, como Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, Porto Belo, que são planas e onde a população mais pobre sempre se locomoveu de bicicleta.
Basta uma olhada básica em Itajaí, por exemplo, para se entender a questão. Supermercados, escolas, rodoviária, bancos, bares, restaurantes e outros estabelecimentos têm espaços próprios para que as magrelas sejam estacionadas. Os bicicletários se multiplicam pela cidade há muitos anos e são utilizados, em grande maioria, pelos moradores que não têm condições de pagar o preço exorbitante do transporte coletivo.
E não dá para dizer que Florianópolis "não planejou" o uso da bicicleta. Se não planejou, é porque não era possível. A não ser que as ciclovias contornassem morros, como os das Ruas Hoepcke, Felipe Schmidt, Rio Branco, do Itacorubi, da Lagoa, do Saco Grande, do Saco dos Limões... Hoje, com as bicicletas modernas, que têm marchas e outros recursos tecnológicos, talvez seja possível. Não é tarde demais, mas é seguramente complicado e exige todo um repensar da cidade.
Outro dia, meu filho falou-me de sua vontade de cumprir o trajeto entre casa (Centro) e trabalho (Barreiros) de bicicleta. Fui voto contrário, evidentemente. Além dos riscos que há na travessia própria da ponte, como chegar ao bairro de São José sem enfrentar as agruras de um trânsito caótico e pesado, com os motoristas (ainda) desrespeitando pedestres e motociclistas? Teríamos aqui a repetição do que ocorre em Itajaí, que não também não tem pistas para as bicicletas e onde os ciclistas disputam espaço nas ruas com os automóveis, correndo todos os riscos possíveis. Mas lá existe uma cultura da bicicleta há muitos anos. Em geral, os motoristas compreendem aquela zona toda do trânsito, desviam dos ciclistas e fazem inúmeras manobras para não provocar acidentes. Aqui, não. O ciclista é que teria que desviar do automóvel para não ser vítima da fúria de alguns motoristas, entre os quais os taxistas, que odeiam bicicletas e motos.
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