quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Sem conforto

O ministro da Defesa reclamou ontem, com razão, que os aviões não oferecem conforto aos passageiros. As aeronaves são verdadeiras “latas de sardinha”, ou seja, as companhias apertam o espaço entre as poltronas para caber mais gente nos vôos. Nelson Jobim observou que tem 1,90 m de altura... Se ele, que é oito centímetros mais alto que eu, chega ao ponto de expressar publicamente seu descontentamento, imaginem jogadores de basquete e vôlei que, em geral, ultrapassam os dois metros...
Minha queixa quanto ao conforto em viagens não é de hoje. Já briguei com a empresa de ônibus Catarinense, que comprime seus passageiros dentro dos veículos, exatamente com o objetivo de otimizar os lucros [eu simplesmente não consigo sentar nas poltronas do meio; se o passageiro da frente baixar o banco, pior ainda: fico impedido de me mexer].
Gritei também contra as velhas Varig, Transbrasil e Vasp pelo mesmo motivo. Em vôos de longa duração, sempre tive de me levantar de meia em meia hora para caminhar e fazer alongamentos.
Nós, passageiros, sempre fomos maltratados por essa gente, porque, para eles, nós somos só uma fonte de lucro.
P.S. 1 – E nem se pense em ligar para as Ouvidorias da Anac ou das empresas aéreas e de ônibus. Os ouvidores não atendem. E quando atendem, não entendem.
P.S. 2 – No país do politicamente correto, por que as pessoas mais altas e as obesas não são respeitadas?

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