Todos nós, catarinenses, temos um pé atrás em relação à RBS. Nada contra os profissionais que atuam na empresa, cada um desempenhando seu papel da melhor maneira, alguns com grande competência e dedicação. Mas o nosso pé atrás é relativo ao que significa a RBS, as três letrinhas que simbolizam uma presença incômoda e opressiva no cotidiano de Santa Catarina.
Quando alguns daqui tentam justificar o quase-monopólio da poderosa rede gaúcha de comunicação, dizendo que os nossos empresários é que foram incompetentes na administração de seus jornais, isso nos causa um relativo desconforto. Não é bem assim. Nós sabemos como é que a Rede age. Tivemos o caso recente da compra de A Notícia, a maneira como os controladores da empresa de Joinville foram “convidados” a negociar o veterano jornal com a RBS. Sem falar em O Estado, nas tentativas reiteradas de aquisição do “mais antigo”, até que este sucumbiu lentamente, sem anunciantes, sem repórteres e só com o dr. Comelli para apagar a luz.
Não conheço, entre formadores de opinião, alguém que se diga “fã” da RBS. Conheço pessoas com senso crítico que são fãs de profissionais da RBS, do Cacau, do Roberto Livramento e do Miguel Alves (a dupla vice-e-versa), da Laine Valgas, do Mário Motta e assim por diante. Mas tenho amigos que se surpreendem quando a gente lhes diz que a Maria Odete Olsen não apresenta mais o Jornal do Almoço... É que estes amigos não sintonizam seus televisores na RBS há uns bons dez ou doze anos.
Mas, vá lá, vamos reconhecer que 50 anos de estrada é realmente um tempo primoroso para uma rede de comunicação. Lembrando sempre que Maurício Sirotsky Sobrinho, fundador da RBS, foi uma espécie de Silvio Santos do Sul, um radialista apaixonado pelo que fazia e que teve a chance, irrecusável, de comprar uma emissora de rádio, depois um jornal, depois outros e outros e outros. (O Diário Catarinense também foi comprado. Era um título inativo, de gaveta, dos Diários Associados).
Portanto, parabéns aos profissionais da RBS, àqueles que se desdobram no dia-a-dia para realizar o melhor possível para levar informação e conteúdo aos ouvintes, telespectadores e leitores.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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Um comentário:
Esses veículos que eles absorveram aqui em SC são "pinto" perto do que eles fizeram com o Correio do Povo, lá de Porto Alegre. A Cia Jornalística Caldas Júnior era um gigante local que se definhou com o assombroso crescimento da Zero Hora. Não por acaso, o seu fenomenal crescimento se deu sob os auspícios da "Redentora".
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