quarta-feira, 31 de outubro de 2007

As portas do Paraíso

Ontem, a gerente de um banco em Florianópolis foi presa porque um cliente não conseguiu entrar na agência. Como ele portava um colete ortopédico, a porta giratória impediu seu acesso. Não adiantou argumentar: ele deveria dar meia-volta e fim de papo – tomar o rumo de casa. O cliente, que não era bobo nem nada, chamou a polícia, que prendeu e indiciou a gerente.
Portas giratórias costumam provocar situações constrangedoras. E não há ninguém que se apresente para ajudar, para contornar os exageros, porque vivemos num País que está muito longe da civilização.
Há uns dois ou três anos, fui barrado quatro vezes pelo equipamento numa agência do Besc. Livrei-me de todos os metais: chaves, celular, máquina fotográfica, moedas, clips. Virei a bolsa no chão. Nada, não havia jeito de a porta girar. Foi aí que tive a idéia: vou tirar a roupa. Desatei o cinto e ameacei baixar as calças. O vigilante, de imediato, me liberou para entrar. Não sei exatamente o que ele temia com o meu gesto de abrir o zíper, mas funcionou.

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