quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Indiciados na Moeda Verde passam de 40

A coordenadora da Operação Moeda Verde, delegada Júlia Vergara, revelou há pouco, em entrevista coletiva, que são mais de 42 (portanto, 20 a mais do que os presos em maio) os indiciados no inquérito envolvendo a intermediação de licenças ambientais na Ilha de Santa Catarina. Pouco mais acrescentou, porque a Polícia Federal está impedida de divulgar informações sobre o relatório produzido. Segredo processual é a alegação oficial, porque, segundo a delegada, há detalhes sobre sigilo bancário e fiscal que não podem ser abertos ao público, uma vez que são protegidos pela Constituição.
Os crimes apurados, conforme a delegada, atentaram contra a legislação ambiental e a administração pública, falsidade ideológica, corrupção, formação de quadrilha e tráfico de influência.
Os repórteres presentes ao auditório da PF insistiram, insistiram, mas não teve jeito. Júlia Vergara não abriu mais nada. A PF está absolutamente fiel à determinação da Justiça Federal, evitando qualquer tipo de vazamento para não comprometer a conclusão dos trabalhos. Ainda segundo Júlia, podem ocorrer novas investigações por parte da polícia, se o Ministério Público e o juiz Zenildo Bodnar assim entenderem.
P.S. 1 – Parece claro que alguém puxou as orelhas da Polícia Federal, em função dos vazamentos ocorridos após a operação, em maio deste ano. A divulgação de gravações de conversas deve ter sido a causa desse “aperto” que a PF levou.
P.S. 2 – O clima na cidade é dos mais desalentadores, porque a ansiedade é grande: muitos florianopolitanos querem saber os nomes dos outros indiciados. Pelo mistério, somos forçados a acreditar que a PF tenha pescado mais “gente grande” na sua rede.

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