terça-feira, 23 de outubro de 2007

Munição para a defesa

É possível que os advogados dos 54 indiciados disponham de farta munição para defender seus clientes das acusações imputadas pela Polícia Federal.
A principal questão: há muita confusão envolvendo o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça Federal. Os integrantes dos três órgãos não se entendem quanto às investigações e ao inquérito da Moeda Verde.
Sendo assim, e não havendo consenso entre os acusadores, as denúncias se tornam, digamos, mais defensáveis. Porque, neste caso, vale a máxima do Direito: em dúvida, pró-réu.

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Mesmo que todos sejam inocentados (essa hipótese é perfeitamente admissível), o estrago político para aqueles que têm intenção de disputar a eleição do ano que vem já está feito. As manchetes de jornais valem mais, numa rinha eleitoral, do que as eventuais sentenças de absolvição.

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O presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), delegado federal Ildo Rosa, anunciou que vai deixar o cargo na quinta-feira. Faz tempo que Ildo não se sente confortável na cadeira que ocupa no Ipuf. A inclusão de seu nome no rol de indiciados apenas apressou uma decisão que ele já havia tomado.
O delegado faz parte da velha guarda da PF em Santa Catarina.
A delegada que o incluiu entre os denunciados é da nova geração da PF (tem menos de 30 anos).

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O prefeito Dário Berger deve conceder entrevista coletiva hoje à tarde. Vai soltar o verbo contra os investigadores e contra seus adversários.
Antes da divulgação dos nomes indiciados pela Polícia Federal (na edição de hoje do Diário Catarinense), o prefeito Dário Berger desdenhou, dizendo que era mais fácil a sua antecessora (Angela Amin) constar da lista dos acusados. Ao saber ontem que ele estava no rol e a ex-prefeita não, Dário ficou indignado.
Se o atual prefeito tem provas contra Angela, ele deve apresentá-las. Não basta esbravejar.

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