Uma amiga do blog tem um filho que é policial militar. Ela enviou um comentário, a propósito do post “Perdidos no paraíso”, publicado aqui na madrugada de hoje. Ela se identificou corretamente, com nome, e-mail, endereço, telefone etc. e tal. Mas não quer que seus dados sejam divulgados, porque o filho seria punido. Eis o texto, de onde suprimi algumas informações que poderiam revelar a identidade do soldado:
"Caro Damião! É, realmente, lamentável a situação dos PMs de SC. Meu filho é policial (...) As condições de trabalho são péssimas. Não têm viaturas decentes, depois de dois anos não recebeu uma farda nova sequer. A camisa de verão ele ganhou de um colega, e como só tem uma, lava de noite pra usar de dia. A arma que ele usa teve que comprar, pois a da PM mais parecia arminha de brinquedo, colocando a vida em risco. E apesar de tudo isso, veste a camisa, não se deixa corromper, defende com garra a corporação a que pertence. Damião, gostaria que publicasse esse comentário, mas não gostaria que publicasse minha identidade, pois meu filho seria identificado facilmente e poderia sofrer represálias".
O relato dessa mãe dá uma ótima pauta. Por que os jornais e as TVs não entrevistam os parentes (mães, filhos, esposas) dos PMs para saber a real situação vivida pelos profissionais da segurança pública? Lembrando que eles, PMs, não podem falar porque serão punidos pela Corporação, a quem devem obediência total.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
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