quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Qualidade de vida: para quem?

O que se ouve por aí nas conversas informais, à beira dos balcões dos cafés e nos botequins da vida: "Mulheres conviviam com homens em cadeias do Norte-Nordeste brasileiro há muito tempo. Presos eram acorrentados a pilares e outros objetos fixos também há muito tempo, não só em Santa Catarina. Sempre houve corrupção em todos os níveis de poder. Negociações com licenças ambientais também não constituem novidade. Diferentes governos pagaram mensalinhos e mensalões para parlamentares e outros aliados políticos".

Se tudo sempre foi assim, como dizem, por que hoje algumas notícias alcançam tanta repercussão?

Simplesmente porque a imprensa livre é uma espécie de amplificador. O "sempre existiu" talvez não existisse se as denúncias veiculadas pelos jornais, rádios e TVs merecessem mais atenção das autoridades. Se os responsáveis levassem a sério o que é divulgado. Se a Justiça acolhesse aquilo que o Ministério Público encaminha, baseado em fatos e provas irrefutáveis.

E mais: não há propaganda que, positivamente, desminta o que fotos, imagens e entrevistas revelam. Portanto, a mistificação da realidade, essa história de "qualidade de vida", tem que ser posta nos seus devidos termos. Qualidade de vida, sim, mas para quem?

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